sexta-feira, 22 de maio de 2015

Pronuncia das Línguas Élficas

Bom dia guerreiros e guerreiras!
Na minha ultima postagem eu falei sobre os alfabeto élfico e uma guerreira deixou um comentário perguntando como seria a pronuncia.
Eu não manjo de linguagem elfica mas fiz uma pesquisa que pode ajudar muito nesse aprendizado!
O texto que segue a seguir foi retirado do blog Elfos Eldalie e com a devida autorização esta postagem!
Então é só ler a postagem inteira que tá super legal e fácil de entender!



Vamos conhecer a pronúncia das línguas Élficas. Essas explicações são tiradas principalmente dos apêndices do Senhor dos Anéis. Para nós, brasileiros, a pronúncia do quenya (e também do sindarin, que segue regras semelhantes), não apresenta maiores problemas, pois a pronúncia das vogais é basicamente a mesma das línguas originárias do latim. Apenas nas consoantes nós encontraremos alguma dificuldade, mas nada que seja muito complicado.

As Vogais
Em Quenya, as vogais são pronunciadas da mesma maneira que no Português. Diferente do Inglês, as vogais são sempre pronunciadas e mantêm seu som original mesmo nos encontros vocálicos. No português do Brasil, é muito comum enfraquecer as vogais E e O para I e U no final das palavras. Isso NUNCA deve ser feito em Quenya.São todos sons puros, não ditongos. Em Quenya existe uma distinção importante entre vogais curtas e longas, que são normalmente  marcadas com um acento agudo e pronunciadas com aproximadamente o dobro da duração das vogais curtas. Isso não indica a sílaba tônica, serve apenas para determinar a duração e o comprimento do som. O comprimento é a única distinção entre i e í, a e á, u e ú, embora haja uma leve diferença na pronúncia entre e e é e entre o e ó; nesses dois casos, a pronúncia torna-se mais fechada (mais ou menos como o nosso ê e ô).

Pronúncia das vogais curtas:

A vogal A é pronunciada como nas palavras “camisa” e “bola”.
A vogal E é pronunciada como nas palavras “testa” e “fera”.
A vogal I é pronunciada como nas palavras “vida” e “fácil”.
A vogal O é pronunciada como nas palavras “copo” e “bota”.
A vogal U é pronunciada como nas palavras “luta” e “jumento”.

Exemplos de palavras com vogais curtas (o sublinhado indica a sílaba tônica):
a, e, i, o, u
alta, elen, Isil, osto, undu

Pronúncia das vogais longas:

A vogal Á é pronunciada como nas palavras “fábrica” e “táxi”.
A vogal É é pronunciada como nas palavras “medo” e “parede” (o primeiro E).
A vogal Í é pronunciada como nas palavras “saída” e “índio” (o primeiro I é longo).
A vogal Ó é pronunciada como nas palavras “bonde” e “gônada”.
A vogal Ú é pronunciada como nas palavras “cúbico” e “única”.

Exemplos de vogais longas (o sublinhado indica a sílaba tônica):
á, é, í, ó, ú
fána, nése, hísie, onóne, untúpa

O Quenya tem um conjunto de apenas seis ditongos. Todos os outros pares de vogais devem ser pronunciados seguindo as regras apresentadas acima. Os ditongos possíveis são AI, OI, UI, AU, EU e IU. São todos ditongos decrescentes, ou seja, pronuncia-se a primeira vogal mais fortemente, e desliza-se para a segunda (exceto IU, onde se podia avançar de um I fraco para um U forte. Como essa era a pronúncia usada a partir da Terceira Era, vamos dar preferência a ela durante o nosso curso).

Exemplos de ditongos (o sublinhado indica a sílaba tônica):
ai, oi, ui, au, eu, iu (antigo), iu (moderno)
Ainu, coimas, cuivie, Auta, leuca, miule (antigo), miule (Terceira Era em diante)

O trema

Em todos os textos em quenya, uma coisa se destaca: o uso freqüente do trema (diarése). Esse símbolo não indica nada em relação à pronúncia das palavras, pelo menos para os falantes de línguas latinas, e serve apenas para lembrar aos falantes do Inglês que aquelas letras marcadas com o trema devem ser pronunciadas segundo as regras normais, e não se transformam em ditongos nem tem o som enfraquecido. Para nós, não faz a menor diferença: por exemplo, os nomes Ingwë e Ingwe tem exatamente a mesma pronúncia. Como apenas os seis casos acima são ditongos, combinações como EA devem ser pronunciadas como dois sons distintos.

Regras de tonicidade
As regras de tonicidade do quenya são bastante simples, e não há grandes complicações no seu estudo. Embora o acento agudo colocado sobre as vogais longas não sirva para indicar a sílaba tônica, em muitos casos, por motivos etimológicos (origem das palavras), há uma coincidência: muitas palavras possuem uma vogal longa na sílaba tônica. Contudo, a posição da sílaba tônica, embora não seja marcada, é facilmente previsível: uma sílaba é longa se contém uma vogal longa, ou se termina com uma consoante, do contrário é curta. As regras de tonicidade do quenya (e também do sindarin) são as seguintes:

     – Todas as palavras dissílabas são paroxítonas, com a única exceção de aVÁ.

     – As palavras polissílabas são paroxítonas se a penúltima sílaba contiver uma vogal longa, um ditongo ou se a a vogal dessa sílaba for seguida de mais de uma consoante; caso contrário são proparoxítonas.

Exemplos (A sílaba tônica está sublinhada e em letras maiúsculas):

SAUron – penúltima sílaba (Sau) contém um ditongo (au); paroxítona
MELkor – dissílaba; paroxítona
AlquaLONdë – penúltima sílaba (lon) com uma vogal curta (o) seguida de duas consoantes (nd); paroxítona
ELENna – penúltima sílaba (len) com uma vogal curta (e) seguida de duas consoantes (nd); paroxítona
HísiLÓme – penúltima sílaba com uma vogal longa, paroxítona
GaLADriel – penúltima sílaba (ri) com uma vogal curta, proparoxítona
ELdamar – penúltima sílaba (da) com uma vogal curta, proparoxítona
MÍriel – penúltima sílaba (ri) com uma vogal curta, proparoxítona
FËanor – penúltima sílaba (a) com uma vogal curta, proparoxítona
AlDARion – penúltima sílaba (i) com uma vogal curta, proparoxítona
FiNARfin – penúltima sílaba (nar) com uma vogal curta (a) seguida de duas consoantes (rf); paroxítona.

Pronúncia das Consoantes

A pronúncia das consoantes, em Quenya, também é semelhante à pronúncia latina, e por isso não temos muitos problemas na maioria dos casos. As consoantes eram organizadas dentro do tengwar, o alfabeto, que consta do apêndice E do Senhor dos Anéis. Não entraremos em maiores detalhes agora, mas voltaremos ao assunto em algum tempo. Para os mais apressadinhos, vamos dar uma rápida explicação sobre a fonologia.

Quenya possui cinco séries de consoantes: as quatro colunas na tabela de tengwar (=letras) e mais a primeira coluna com dois pontos embaixo. A primeira coluna, ou tincotéma, é de consoantes dentais (ou talvez alveolares), como o Francês t. A primeira coluna mais os pontos, a tyelpetéma, são versões palatilizadas da tincotéma. A segunda coluna, a parmatéma, são as consoantes bilabiais, como na palavra “pato”. A terceira, calmatéma, são velares, como no Inglês “cat”. A quarta, quessetéma, são labio-velares, como no Inglês “quick”. As linhas no tengwar correspondem (em teoria) a diferentes maneiras de articulação, como parada ou fricativa, sonora ou muda. Contudo, como o Quenya não segue exatamente a teoria, é mais interessante discutir os sons individualmente, independente de seu local entre as tengwar.

Vamos às regras de pronúncia das consoantes. Somente estão destacadas aquelas consoantes ou conjuntos de consoantes que apresentam alguma peculiaridade. As consoantes não listadas abaixo são pronunciadas da mesma forma que no português.

C – Tem sempre o valor de k, mesmo antes de E e I: celeb,  “prata” deve ser pronunciado keleb (queleb). Círdan, o Construtor Naval, pronuncia-se “quírdan” (e não ‘sírdan’).

CH – Representa o som semelhante ao da palavra alemã Bach (pronuncia-se ‘bac’). Assim, Carcharoth, o grande lobo de Angband, pronuncia-se Carcaroth.

DH – Representa o TH sonoro do inglês “these”.

F – Representa o som normal de F, exceto no final das palavras, nas quais representa o som de V: Gandalf pronuncia-se Gandalv (paroxítona)

G – Tem apenas o som de G em galo, guerra, guincho, gole e gula: Gil (“estrela”), pronuncia-se ‘guil’, e não ‘jil’. Eregion pronuncia-se ‘Ereguion’.

H – Sozinho, sem outras consoantes, tem o som de H como nas palavras inglesas house e horse, muito semelhante ao nosso R (ou RR, quando usado no meio das palavras). A combinação HT em quenya tem o som do alemão CHT;  o H do encontro consonantal tem o som gutural, como ou o CH do alemão e o J do espanhol: depois de E ou I o som era um meio termo entre o CH do português e o J do espanhol. HY pronuncia-se como no Inglês huge. Segundo Tolkien, muitos humanos falantes de Quenya pronunciavam o HY como se fosse um CH comum da língua portuguesa, mas a pronúncia correta fica entre o CH do Português e o J do Espanhol. HW pronuncia-se como a nossa letra U.

K – Usa-se somente em nomes tirados de línguas não élficas, com o mesmo valor de C; assim, KH representa aproximadamente o mesmo som que CH em Grishnákh na língua dos orcs (leia-se Gríxnac).

L – Representa aproximadamente o som do nosso L normal, como em ‘letra’ ou ‘bola’. No entanto, era, até certo ponto, palatalizado entre E ou I e uma consoante, ou em posição final após E ou I (provavelmente as palavras inglesas como bell e fill seriam pronunciadas mais ou menos como ‘beol’ e ‘fiol’). O LH representa a forma surda deste som. Em quenya (arcaico) isso se escreveria HL, mas na Terceira Era costumava ser pronunciado como um L comum.

NG – Faz o mesmo som encontrado na palavar ‘ângulo’, mas tinha um som mais fraco no final das palavras. Era pouco usado na Terceira Era, sendo normalmente substituído pelo N simples.

PH – Tem o mesmo som de F. Usa-se, em quenya, em três situações:
a) para representar o som de F no final de uma palavra, como alph (cisne);
b) quando o som de F está relacionado com (ou deriva de) uma letra P, como em i-Pheriannath = os Hobbits (Perian); e
c)  no meio de algumas palavras, representando um FF longo, derivado de um PP longo, como em Ephel (vedação exterior)

QU – Representa o som de CW, combinação de sons bastante freqüente em Quenya. Como as combinações UA, UE e UO não formavam ditongos, nesses casos o U deve ser pronunciado, como nas palavras ‘freqüente’ e ‘quase’. Quenya se pronuncia qüenha ou qüenhia.

R – Representa sempre um som vibrado, mesmo entre vogais ou no início das palavras. Faz sempre o som que ouvimos nas palavras “cara”, “parede” ou “garota”. Rían, por exemplo, pronuncia-se com o R inicial igual ao da palavra “carinho” (e não como a palavra ‘rio’).

S – Faz sempre um som surdo (igual aos nossos SS ou ç), nunca tem o som de Z (como na palavra ‘casa’). Portanto, Isil (lua) pronuncia-se Íssil.

TH – Representa um som muito parecido com o encontrado nas palavras ‘fossa’, ‘foice’ ou ‘poço’, pronunciadas com a língua entre os dentes. Transformou-se em S no Quenya falado, embora normalmente se escrevesse com uma letra diferente.

TY – Faz o som encontrado na palavra ‘tio’, e derivou do C+Y ou T+Y.

V – Faz o som normal de V, mas não é usado no final das palavras. Nesse caso, usa-se o F.

W – Tem o som de U. Assim, Tengwa (letra) pronuncia-se ‘ten-gua’. No início das palavra, se transformou em V, durante a Terceira Era.

X – O X é na verdade uma combinação dos sons de K e S; Helcaraxë deve ser pronunciado “Helcaracse”.

Y – Faz o som de I, mas é considerado consoante.

Z – Não ocorre no Quenya

– Os dígrafos NY e LY correspondem, muito aproximadamente, aos nossos LH e NH, respectivamente.

– Para propósitos de tonicidade, os dígrafos ry, ly, ty, ny, qu, quando no meio de palavras, contam como duas consoantes: Calacirya (o Passo da Luz em Valinor), aranya (meu rei). ciryaquen (marinheiro).


Consoantes longas ou duplas (TT, FF, LL, NN, etc.) – Devem ser pronunciadas “em dobro”, com a duração duas vezes maior que a normal. No final de palavras com mais de uma sílaba eram geralmente encurtadas.


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